No dia 22 de maio, outros dois bandeiras, Geraldo Bertolazzo e Dimas Alberto Cavachini e o árbitro, Evanildo Natalino André, também foram vítimas de agressões no futebol amador da cidade, situação que levou quatro membros da Associação Sorocabana de Árbitros (ASA) a pendurarem o apito naquela semana.
A agressão de ontem ocorreu após o América ser eliminado pelo Santa Cruz, na segunda partida das quartas de final. Dois integrantes da comissão técnica e dois jogadores partiram para cima do assistente Nilton Domingues, para tirar satisfação de algumas marcações de impedimento feitas pelo bandeira. De acordo com o árbitro Saul Tavares, tudo foi muito rápido e mesmo com a intervenção dos GCMs, o bandeira acabou sendo atingido pelos quatro agressores. "Foi na covardia mesmo, ele levou socos, chutes e tapas no meio da confusão. Eu também acabei levando um empurrão quando fui tentar ajudá-lo."
O juiz, que também precisou ser escoltado no final do jogo, disse que o bandeira só não foi espancado devido à intervenção dos GCMs. "Ele foi salvo pela pronta intervenção dos guardas", apontou.
Ainda ontem, o problema já tinha chegado ao ouvido do diretor da ASA, Eliseu Sentelhas. Segundo ele, a agressão de ontem, justamente pela intervenção da GCM, serviu para mostrar que os árbitros estão certos. "Se não fosse a Guarda, teríamos novamente um caso igual ao do Moreno. Não dá para apitar assim, sem segurança."
Tropeiros
Também ontem, pela segunda rodada da Taça Palácio dos Tropeiros, a 2ª. Divisão do Campeonato Varzeano de Sorocaba, a partida entre Vila Rica e Santa Terezinha não aconteceu por falta de policiamento. Já o jogo entre Laranjeiras e Asa Branca demorou uma hora e cinco minutos para começar. O juiz Luís Carlos Moreno, o que foi agredido pelos torcedores do Aparecidinha, só resolveu apitar quando a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal estiveram presentes.
Somente quatro das dez partidas aconteceram com policiamento.
Na partida entre Habiteto e Beira Rio, no campo do Itavuvu, ficou comprovado que os torcedores, caso queiram, conseguem facilmente entrar no gramado, já que vários deles assistiram à partida do alambrado.
Quarenta e oito dias depois do prefeito Vitor Lippi (PSDB) dar prazo de sete dias para a revisão do Código de Justiça Desportiva do Município de Sorocaba, com medidas mais rigorosas para os agressores, o projeto ainda não foi encaminhado ao Poder Legislativo para sua apreciação.
A reportagem entrou em contato com um representante da comissão técnica do América, por telefone e e-mail, mas não conseguiu localizá-lo. O assistente Nilton Domingues também não foi encontrado. (Wilson Gonçalves Júnior - Jornal Cruzeiro Do Sul)
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