Várzea de Sorocaba 2011 tem novo caso de agressão



O fato a ser descrito a seguir parece uma reprise de situações ocorridas anteriormente nos gramados sorocabanos, envolvendo violência na várzea. Entretanto, não é e mais uma vez, infelizmente, um assistente Nilton Domingues acabou agredido. Ele levou socos, tapas e pontapés de integrantes da comissão técnica e jogadores do América na partida ocorrida na manhã de ontem no estádio Rui Costa Rodrigues, o Estrada, válida pela quartas de final da Taça Cidade de Sorocaba, a 1ª. Divisão do Varzeano. O incidente só não foi semelhante ao caso do árbitro Luiz Carlos Moreno, espancado no dia 17 de abril por cerca de 50 torcedores do Aparecidinha, porque no campo havia cerca de 10 homens da Guarda Civil Municipal (GCM), que evitaram o pior.

No dia 22 de maio, outros dois bandeiras, Geraldo Bertolazzo e Dimas Alberto Cavachini e o árbitro, Evanildo Natalino André, também foram vítimas de agressões no futebol amador da cidade, situação que levou quatro membros da Associação Sorocabana de Árbitros (ASA) a pendurarem o apito naquela semana.

A agressão de ontem ocorreu após o América ser eliminado pelo Santa Cruz, na segunda partida das quartas de final. Dois integrantes da comissão técnica e dois jogadores partiram para cima do assistente Nilton Domingues, para tirar satisfação de algumas marcações de impedimento feitas pelo bandeira. De acordo com o árbitro Saul Tavares, tudo foi muito rápido e mesmo com a intervenção dos GCMs, o bandeira acabou sendo atingido pelos quatro agressores. "Foi na covardia mesmo, ele levou socos, chutes e tapas no meio da confusão. Eu também acabei levando um empurrão quando fui tentar ajudá-lo."
O juiz, que também precisou ser escoltado no final do jogo, disse que o bandeira só não foi espancado devido à intervenção dos GCMs. "Ele foi salvo pela pronta intervenção dos guardas", apontou.

Ainda ontem, o problema já tinha chegado ao ouvido do diretor da ASA, Eliseu Sentelhas. Segundo ele, a agressão de ontem, justamente pela intervenção da GCM, serviu para mostrar que os árbitros estão certos. "Se não fosse a Guarda, teríamos novamente um caso igual ao do Moreno. Não dá para apitar assim, sem segurança."

Tropeiros

Também ontem, pela segunda rodada da Taça Palácio dos Tropeiros, a 2ª. Divisão do Campeonato Varzeano de Sorocaba, a partida entre Vila Rica e Santa Terezinha não aconteceu por falta de policiamento. Já o jogo entre Laranjeiras e Asa Branca demorou uma hora e cinco minutos para começar. O juiz Luís Carlos Moreno, o que foi agredido pelos torcedores do Aparecidinha, só resolveu apitar quando a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal estiveram presentes.

Somente quatro das dez partidas aconteceram com policiamento.

Na partida entre Habiteto e Beira Rio, no campo do Itavuvu, ficou comprovado que os torcedores, caso queiram, conseguem facilmente entrar no gramado, já que vários deles assistiram à partida do alambrado.

Quarenta e oito dias depois do prefeito Vitor Lippi (PSDB) dar prazo de sete dias para a revisão do Código de Justiça Desportiva do Município de Sorocaba, com medidas mais rigorosas para os agressores, o projeto ainda não foi encaminhado ao Poder Legislativo para sua apreciação.

A reportagem entrou em contato com um representante da comissão técnica do América, por telefone e e-mail, mas não conseguiu localizá-lo. O assistente Nilton Domingues também não foi encontrado. (Wilson Gonçalves Júnior - Jornal Cruzeiro Do Sul)

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