A terceira geração dos Meninos da Vila comemora mais um título em 2011 -
Por: afp Photo/Nelson Almeida
O Santos conquistou o tri da América da mesma forma que há 49 anos: em uma guerra contra o Peñarol. Após a vitória do time da Vila Belmiro por 2 a 1, ontem, os uruguaios, que mantiveram a lealdade nos dois duelos da final da Copa Libertadores, perderam a esportiva após o apito final e partiram para a briga no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Num duelo em que o placar permaneceu inalterado por 136 minutos, os gols de Neymar e Danilo coroaram a bonita festa no estádio. No fim do ano, o time viaja ao Japão e disputará o Mundial de Clubes da Fifa para um provável duelo contra o temido Barcelona de Messi e cia.
A briga generalizada com os uruguaios após a decisão de ontem, porém, foi só mais um capítulo para uma conquista repleta de adversidades. O Santos superou lesões, expulsões, troca de técnico e até um vulcão para chegar à final. Na trajetória até a conquista da América, passou por venezuelanos, chilenos, paraguaios, colombianos e, por fim, uruguaios. A exemplo de 1962, não enfrentou rivais brasileiros pelo caminho. O jovem time santista, que não se intimidou em jogar no estádio Centenário, em Montevidéu, sentiu na primeira etapa o peso da responsabilidade de ter de acuar o Peñarol diante de sua torcida. Após esboçar uma pressão no início, o nervosismo tomou conta e até Léo, de 35 anos, o jogador mais experiente do time, errava passes bobos.
Marcado de perto, mas com lealdade, Neymar chegou a se irritar e entrou de sola em um zagueiro rival. Para alívio dos santistas, o árbitro mostrou apenas o cartão amarelo. Apesar disso, o Santos teve algumas chances e a melhor delas veio com Léo, após bola rebatida na zaga uruguaia, mas o lateral chutou para fora. Na saída para o vestiário, a impressão no estádio é de que o Peñarol conseguia segurar o jogo à sua maneira. Bastou um minuto na etapa final para que tudo mudasse. Arouca tabelou com Paulo Henrique Ganso, arrancou, passou por um zagueiro e encontrou Neymar livre na esquerda. O garoto pegou de primeira e a bola entrou no canto baixo direito do gol de Sosa, que falhou no lance. O gol arruinou a tranquilidade dos uruguaios, que endureceram a postura. Neymar não deixou de partir para cima e foi o mais visado.
Aos 23 minutos, foi a vez de um coadjuvante aparecer. Danilo, que ganhou a confiança da torcida com boas atuações durante toda a Libertadores, recebeu de Elano na direita, driblou o marcador e chutou forte no canto oposto. O que restava de apreensão no Pacaembu virou confiança. Pelé, nas tribunas do estádio, ficou de pé para saudar parte da torcida, que foi ao delírio. O jogo seguiu em ritmo de festa até os 34 minutos, quando Durval fez gol contra ao tentar desviar chute de Estoyanoff. A tensão até o fim, no entanto, foi só para dar um sabor a mais a uma conquista que foi sofrida desde o seu início. O apito final deu início à festa nas arquibancadas e a um episódio lamentável de pancadaria no gramado. Nada que ofuscasse o grito de campeão guardado havia 48 anos.
FICHA TÉCNICA
Santos 2 x 1 Peñarol
Santos - Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo. Técnico: Muricy Ramalho
Peñarol - Sosa; González (Albín)(Estoyanoff), Valdez, Guilhermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Freitas, Luis Aguiar, Matias Mier (Urretaviscaya) e Corujo; Martinuccio e Olivera. Técnico: Diego Aguirre
Gols - Neymar, a 1, Danilo, aos 23, e Durval (contra), aos 34 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos - Zé Eduardo e Neymar (Santos); Freitas, Corujo e González (Peñarol)
Árbitro - Sergio Pezzotta (Fifa-Argentina)
Renda - R$ 4.266.670,00
Público - 37.984 pagantes (40.157 no total)
Local - Estádio do Pacaembu.
(AE)
A briga generalizada com os uruguaios após a decisão de ontem, porém, foi só mais um capítulo para uma conquista repleta de adversidades. O Santos superou lesões, expulsões, troca de técnico e até um vulcão para chegar à final. Na trajetória até a conquista da América, passou por venezuelanos, chilenos, paraguaios, colombianos e, por fim, uruguaios. A exemplo de 1962, não enfrentou rivais brasileiros pelo caminho. O jovem time santista, que não se intimidou em jogar no estádio Centenário, em Montevidéu, sentiu na primeira etapa o peso da responsabilidade de ter de acuar o Peñarol diante de sua torcida. Após esboçar uma pressão no início, o nervosismo tomou conta e até Léo, de 35 anos, o jogador mais experiente do time, errava passes bobos.
Marcado de perto, mas com lealdade, Neymar chegou a se irritar e entrou de sola em um zagueiro rival. Para alívio dos santistas, o árbitro mostrou apenas o cartão amarelo. Apesar disso, o Santos teve algumas chances e a melhor delas veio com Léo, após bola rebatida na zaga uruguaia, mas o lateral chutou para fora. Na saída para o vestiário, a impressão no estádio é de que o Peñarol conseguia segurar o jogo à sua maneira. Bastou um minuto na etapa final para que tudo mudasse. Arouca tabelou com Paulo Henrique Ganso, arrancou, passou por um zagueiro e encontrou Neymar livre na esquerda. O garoto pegou de primeira e a bola entrou no canto baixo direito do gol de Sosa, que falhou no lance. O gol arruinou a tranquilidade dos uruguaios, que endureceram a postura. Neymar não deixou de partir para cima e foi o mais visado.
Aos 23 minutos, foi a vez de um coadjuvante aparecer. Danilo, que ganhou a confiança da torcida com boas atuações durante toda a Libertadores, recebeu de Elano na direita, driblou o marcador e chutou forte no canto oposto. O que restava de apreensão no Pacaembu virou confiança. Pelé, nas tribunas do estádio, ficou de pé para saudar parte da torcida, que foi ao delírio. O jogo seguiu em ritmo de festa até os 34 minutos, quando Durval fez gol contra ao tentar desviar chute de Estoyanoff. A tensão até o fim, no entanto, foi só para dar um sabor a mais a uma conquista que foi sofrida desde o seu início. O apito final deu início à festa nas arquibancadas e a um episódio lamentável de pancadaria no gramado. Nada que ofuscasse o grito de campeão guardado havia 48 anos.
FICHA TÉCNICA
Santos 2 x 1 Peñarol
Santos - Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo. Técnico: Muricy Ramalho
Peñarol - Sosa; González (Albín)(Estoyanoff), Valdez, Guilhermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Freitas, Luis Aguiar, Matias Mier (Urretaviscaya) e Corujo; Martinuccio e Olivera. Técnico: Diego Aguirre
Gols - Neymar, a 1, Danilo, aos 23, e Durval (contra), aos 34 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos - Zé Eduardo e Neymar (Santos); Freitas, Corujo e González (Peñarol)
Árbitro - Sergio Pezzotta (Fifa-Argentina)
Renda - R$ 4.266.670,00
Público - 37.984 pagantes (40.157 no total)
Local - Estádio do Pacaembu.
(AE)
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