Votorantim: Cidade pode iniciar conversas para retomada de equipe profissional

Ultimo clube foi o Votoraty, campeão da Copa Paulista, A-3, com acesso para a A-2 e que disputou brilhantemente a Copa do Brasil em 2010

Fotos: A volta do futebol profissional dependeria de uma série de fatores, mas dirigentes já sonham com possibilidade, segundo texto publicado nesta semana no jornal Folha de Votorantm

Sonho ou utopia ? Segundo matéria publicada nesta semana no Jornal Folha de Votorantim,  a cidade de Votorantim pode começar a sonhar, quem sabe num futuro breve com a retomada do futebol profissional. Tudo é ainda conversa mas a vontade existe !

Na última quarta-feira, 30 de janeiro, 16h, no mesmo quase centenário “Domênico Paolo Metidieri”, quando o tradicional Botafogo FC, de Ribeirão Preto (rival feroz do Comercial), treinou em Votorantim, campo cedido gentilmente pela prefeitura, visando a partida desta quinta-feira em Sorocaba contra o Atlético pela Série A-1 (ambos empataram por 2 a 2). 

E enquanto o treino acontecia, dirigentes da prefeitura (Diretor Décio Prado e Márcio Silva) conversavam com os do Botafogo. Entre os assuntos, a situação do antigo Votoraty, que ainda “vive”, mas sob o nome oficial de Ribeirão Preto FC (apenas na parte documental).

O fim do Tigre

O Dia 9 de abril de 2010. Uma data que deixou boa parte de Votorantim entristecida. Era o fim da “saga” do Votoraty Futebol Clube. Time fundado em 12 de maio 2005 com apoio dos empresários do grupo Cascadura, Ricardo Leoni Maffei e Isac Possato; equipe e depois repassado ao Grupo Leão Leão, de Ribeirão Preto, e que acabou por deixar a cidade anos depois em 2010, no apogeu do time.

Era uma equipe estrelada, que foi campeã paulista sub-20 em 2005, e logo em 2006 acabou obtendo acesso da quarta para a terceira divisão; em 2009 conquistou o acesso para a série A-2 e sob o comando de Fernando Diniz foi campeão da Copa Paulista, assegurando vaga para a Copa do Brasil de 2010, onde eliminou o Treze-PB na primeira fase e foi eliminado pelo Grêmio-RS na segunda, terminando a A-2 em nono lugar.

“Saída estranha”
Naquele 9 de abril e empresa de Ribeirão Preto, detentora dos direitos do Tigre de Vorantim, estranhamente decidiu levar a equipe de Votorantim, gerando revolta imensa na cidade logo depois, mais “estranho ainda”, a vaga da A-2 caiu no “colo” do Comercial de Ribeirão Preto. 

Porém, essa história, que todos já imaginavam como definitiva no “esporte bretão” , em Votorantim, pode ganhar novos (e talvez), capítulos mais felizes para a cidade.

Uma luz no fim de túnel
 
E neste encontro informal na quarta-feira passada no Estadio de Votorantim, surgiu a novidade: o “dono” do Ribeirão FC, Luiz Claudio, que vive hoje nos EUA, não teria mais interesse pelo time (ele teria se desfeito (repassado) tudo que tinha no Brasil , tocante ao futebol, Olé Brasil, dois centros de treinamentos, etc. 

O Ribeirão FC, segundo os dirigentes do Botafogo, porém, estaria com sua situação regularizada junto à FPF, para parado. Ou seja, se alguem quisesse retomar o time hoje (teria de ser na quarta divisão - bezinha como é chamada), isso seria perfeitamente possível.

E no bate-papo entre os dirigentes da Pantera e da Prefeitura, surgiu a possibilidade, em Votorantim poder ter a equipe novamente aqui. E se possível sem ônus algum para a cidade. Os dirigentes do Botafogo, inclusive, segundo disse Décio Prado, se prontificaram a fazer a “ponte” com os responsáveis pelo “Ribeirão FC”, para que a agremiação voltasse, agora em definitivo para Votorantim. Agora usando quaisquer outro “nome fantasia” ( Votoraty, CA Votorantim, Savoya ou Corinthinha). 

“Foi uma informação que nos surpreendeu, e nos alegrou muito, pois todos sentimos muito a saída prematura do Votoraty daqui e agora poderemos pensar e refazer essa injustiça que foi feita com nossa cidade”, disse Décio Prado. 

A volta não seria tão simples

Mas a volta da equipe (Votoraty, hoje ex-Ribeirão FC), para a cidade não seria um procedimento tão simples assim, segundo Décio Prado, diretor de esportes. Primeiro a cidade teria que querer.

Segundo o diretor, o prefeito Erinaldo Alves da Silva teria dado “carta branca” para a Sespol ver o que for melhor para a cidade em se tratando de esportes. Logo em seguida, se precisaria do aval de Luiz Claudio (atual dono) em repassar à Votorantim o clube e esse “meio de campo” poderia ser feito pelos dirigentes de Ribeirão (os dirigentes do Botafogo já se dispuseram a colaborar).

“Além disso, temos certeza que a Federação Paulista daria todo respaldo para termos de novo, mas agora de forma definitiva uma equipe em Votorantim, tendo em vista o bom relacionamento da cidade com a entidade na época do Votoraty”, disse o dirigente. 

Trabalho a longo prazo

Vencida s primeira fase, que seria a volta oficial e documental da agremiação, seria preciso um trabalho profissional. A “nova” agremiação precisaria de um planejamento de longo prazo, pelo menos dez anos. 

A idéia inicial, diz Prado, seriaé do time se estruturar dentro e fora de campo principalmente no começo, com os pés no chão, principalmente com os gastos.

Com isso, com custo lá embaixo, se montaria um um elenco de base para disputar os certames sub-15 e sub-17. E o mais importante, valorizando jogadores de Votorantim, embora o time possa ter jogadores de Sorocaba e outras cidades. Mas a meta principal seria dar chance aos garotos da cidade.

Estrutura e gastos
 
Uma das idéias, caso o projeto seja levado à frente seria em oferecer ao time um local para treinamentos. Um CT. E aí cresce a possibilidade em utilizar a área do Centro Esportivo de Santa Helena, ex-Votoran. 

“De olho nisso já estamos em contato com nosso setor jurídico para dar andamento ao processo de negociação com a Votorantim para que a prefeitura possa gerenciar aquela área, que pode ser usada para treinamentos, no caso de uma futura equipe”, disse Prado.

Só alimentação e transporte - Sobre gastos, segundo Prado, caso se consiga trazer de forma graciosa o time (que existe somente no papel), a prefeitura terá de gastar apenas com alimentação e transportes dos meninos da base. “Um time profissional na quarta divisão custa hoje em média R$ 120 mil mensais e cada jogador custa R$ 700 por mês. Como projetamos isso apenas lá no futuro e vamos enfatizar a base, acreditamos que esse custo não será tão alto num sub-15 e sub-17.Além disso poderemos lançar um projeto onde cada empresário poderia “adotar” um jogador” disse Prado.

Local para treinos
 Além da Votoran, para treinos, uma futura equipe poderia utilizar o Estádio Municipal, já aprovado para jogos, pelo menos no sub-15 e sub-17. Enquanto isso a prefeitura vai trabalhar para efetivar o sonho de implantar arquibancadas de alvenaria no “Domênico Metidieri”, isso pensando sem pressa e no futuro num time profissional.

Diretoria da casa

Além de valorizar os jogadores da cidade, caso a proposta de reviver um time na cidade vá em frente , outra idéia é de montar uma diretoria formada somente por votorantinenses.
Seriam pessoas de confiança e competência dentro da cidade para gerir e administrar o novo clube. “Esse é o caminho, nada de pessoas de fora ou que não conheçam a realidade da cidade. Um comando votorantinense com pessoas da prefeitura, empresários, ex-jogadores de futebol da cidade. Tudo isso para a equipe ter identidade desde os jogadores até o presidente”, frisou Décio Prado.

Time do “povão”

E por fim ele falou do nome do time. Para agradar a maioria da cidade, uma das metas é promover um plebiscito, uma votação popular para que o futuro time de Votorantim já inicie com apoio da população. 

E quatro nomes já são sugeridos: o Votoraty, que deixou sua marca nos últimos cinco anos; o Savóya, que foi o destaque no inicio do século passado; o Clube Atletico Votorantim, que marcou época e o coração das pessoas; e o Corinthinha, que antes do Votoraty deixou sua marca nos anos 50, 60 e 70, inclusive disputando o Paulista da terceira divisão.

(Esportivo Regional - Rivail de Oliveira - fotos - Marcos Ferreira e Arquivo - Folha de Votorantim)

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