Tudo
preparado para uma grande final entre Atlético do Éden e Enquadros/Ás
de Ouro. Torcedores dos dois times lotaram as dependências do Estádio
Euzébio Moreno, campo do Clube Atlético Barcelona, e tudo se fazia crer
que haveria uma bonita festa. Mas alguns fatores quase estragaram a
grande final do Campeonato Varzeano da Terceira Divisão de Sorocaba, a
Taça Baltazar Fernandes no domingo, 23 de dezembro.
Rojões soltos antes do jogo no campo, uma briga entre jogadores, que teve até uma acusação de um suposto racismo, expulsões, reclamações contra arbitragem, falta de policiamento, que adiou o inicio do segundo tempo em quase meia hora e uma desorganização brutal antes da premiação. Ao final, o Atlético Brasil do Éden, tradicional time de Sorocaba acabou ficando com o título ao empatar por 1 a 1 com o Enquadros/As de Ouro, representante do bairro Vila Fiore. No primeiro jogo o Atlético tinha ganho por 3 a 0 e poderia perder até por dois gols de saldo que seria campeão. Lembrando que ambos times estão classificados para a segunda divisão do ano que vem, a Taça Palácio dos Tropeiros.
O pré-jogo
A partida, marcada para iniciar às 10h, só começou quase 10h30. Pouco antes do jogo, uma prévia do que estava por vir: alguns rojões atirados próximos ao alambrado. Mesmo sem policiamento em campo, apesar do estádio cheio, o trio de arbitragem, formado pelo juiz Antonio Correa Almeida, os assistentes Wilson dos Santos e Fabio Leite, além do anotador José Carlos, resolveram “correr o risco” e iniciar a partida sem a presença da Polícia.
Bom primeiro tempo
Com bola rolando, até que o primeiro tempo a partida agradou, com alguns bons lances. O Enquadros/Ás de Ouro, precisava de três gols para levar o jogo aos penais, perdeu pelo menos três chances de três gols. O Galo do Éden se plantou na defesa e tentava o gol somente nos contra-golpes e quase o fez em duas chances - aos 20 e 37 com Roio. Mas o Enquadros abriu o placar logo aos 10 minutos com Michel, 1 a 0 para o time da Vila Fiore, num chute cruzado rasteiro. Mesmo tomando o gol o Atlético manteve a postura mais cautelosa, enquanto o Enquadros seguiu buscando o gol, com um domínio maior mas sempre errando a “última bola”. Assim terminou o primeiro tempo.
Segundo tempo até começou bem, mas...
O segundo tempo até que começou bem nos primeiros 15 minutos com boas chances perdidas de lado a lado Fernando para o Enquadros e Flavio para o Galo do Éden. Porem aos 16 minutos, os nervos dos dois times que já estavam à flor da pele, eclodiram numa imensa confusão sobrando agressão para os dois lados.
O volante Paulão, do Enquadros foi expulso (ao lado de Sérgio depois das agressões) inclusive chegou a dizer que foi agredido verbalmente de forma indevida por um jogador adversário. Além disso, o risco de rojões no campo, aliada à confusão, fez a arbitragem suspender o jogo aos 18 minutos por falta de segurança. “Vamos esperar meia hora, se o policiamento não chegar, poderemos até parar de vez o jogo”, disse o arbitro Antonio Correia Almeida.
Cadê a segurança/Juiz do “bairro” ?
Enquanto o arbitro aguardava a chegada da segurança, outro “buxixo” ocorreu no local da final. Os jogadores e dirigentes do Enquadros reclamaram do fato da associação que gerencia a arbitragem da escalação de um árbitro, segundo eles, do Èden, de onde é o Atlético Brasil.
O detalhe é que o arbitro fez um bom trabalho no primeiro tempo, embora no segundo tenha se complicado, em alguns lances, com seu trio e até disciplinarmente, mas sem interferir no resultado final da partida. Sobre a alegação do time da Vila Fiore, Antonio Correa disse: “Eu já morei no Éden. Hoje moro na região do Cajuru, mas isso nada tem a ver com meu trabalho. Venho aqui para fazer meu melhor de levar o jogo da melhor forma possível”, explicou o arbitro”.
Quase meia hora e chega o policiamento e “segue o jogo” !!!
Depois das reclamações dos dois times –os capitães de ambos times ambos questionaram o inclusive o inicio da partida sem policiamento -, finalmente a segurança chegou com duas viaturas da Policia Militar quase meia hora depois. E a partida so reiniciou quase 12h15 no Barcelona. Foram jogados 18 minutos e restavam 27 para serem jogados, com cada time com um a menos.
Quem não faz...
E nesta quase meia hora, mais uma vez só deu o time da Vila Fiore, que partiu com tudo para o ataque e mais uma vez perdeu vários gols. E como diz o velho ditado “quem não faz...”, aos 46 minutos, Dangelo aproveitou um vacilo da defesa do Enquadros e mandou para as redes, 1 a 1. Fim de jogo e Atlético do Eden campeão.
Desorganização...
E a Semes mostrou mais uma vez desorganização na premiação de um torneio. Como tinha ocorrido no dia anterior na final do veterano da segunda divisão, a premiação da terceirona foi muito desorganizada. Da forma “vamo que vamo, que o ano tá acabando”.
Um funcionário da Semes até que se esforçou, mas a premiação das medalhas, foi entregue da “forma que deu”, com os troféus ficando no gramado (nem uma mesa arrumaram).
O artilheiro do torneio foi Rafael do Parque São Bento com 8 gols. A defesa menos vazada foi do Atletico do Eden e o time mais disciplinado foi o Chelsea. Enfim, desta forma, melancólica, terminou a temporada tumultuada e bagunçada, do futebol varzeano de Sorocaba. Tomara que em 2013 seja um pouco melhor. É o que a várzea e seus clubes esperam.
Escalações
Atletico Brasil do Eden (campeão da terceirona de 2012): Jorge; Roio, Silvio, Baraka e Tico; Serginho, Flavio, Rafael e Jean; Juneca e Locão, além de Dangelo, Pedro, Adriano, Saubens, Gian, Chambinho e Thiago. Técnico: João Carlos.
Enquadros/As de Ouro/Vila Fiore: Wiliam; Guilherme, Paulão, Baiano e Michel; Tatu, Maicon, Sandro e Denilson; Thiago e Fer, além de Anderson, Celio, Guilherme, Edinho, Thiago e Benê..Técnico: Nir
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